Durante as duras voltas da vida,
vez ou outra você dá de cara com uma alma “arrependida” buscando perdão,
possivelmente o seu. Vive a se lamentar o porquê de ter sido tão tola, de ter
feito algo tão feio. Mas, a realidade é pérfida. Ela não sente pelo o que
causou em você, ela sente pelo o que causou nela. O que ela perdeu por te negar
ou magoar, seja em qualquer aspecto da vida ou situação.
E daí, percebemos o quanto o ser
humano só olha para o seu próprio umbigo, porque no momento em que ela consegue
de volta o que supostamente perdeu, ela volta a lhe chutar feito um balde vazio
e desnecessário.
Perdoar é um ato bonito, mas você
não precisa mais agradar o tempo todo. Uma vez que o laço é rompido, sempre
haverá uma brecha para a desconfiança de certos egoísmos envolvidos em
inseguranças. Principalmente quando a pessoa está desesperada para recuperar o
tempo perdido.
Nessas horas é que se deve ligar
o botão de sua autoestima e não deixar pessoas dissimuladas te envolverem com o
poder de sedução que elas carregam a fim de persuadir o coitado (a) que a
perdoou. Veja bem, não digo que não deves perdoar, mas sim, que não deves ser
demasiado tolo (a) a ponto de não questionar as intenções do indivíduo. Pois,
ouça bem, ser magoado uma vez é natural, mas duas pela mesma pessoa é falta de perspectiva.
O mundo tem se tornado um recipiente de diversas
personalidades vazias, fúteis e egoístas. São parasitas que te iludem diversas
vezes com a ideia de um falso arrependimento para que você caia em sua
armadilha venenosa novamente. Mas, quando se encontra autoestima e perspicácia é
difícil ser deixado enganar novamente. Quando recuperamos nossa confiança e percebemos
a quilômetros de distâncias os lobos vestidos de cordeiros, não damos vazão a
este mal em nossas vidas, aprendemos que todas as vozes doces e sussurrantes
são meros disfarces de uivos desesperados.